quarta-feira, 24 de março de 2010

Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

As rochas são consideradas unidades estruturais da crusta e do manto que possuem características próprias, sendo formadas, em regra, por um ou por vários minerais associados. Exemplo de rocha: granito (constituido por quartzo, feldspatos e micas).

Os minerais são corpos sólidos, naturais (formados por processos geológicos), com estrutura cristalina, inorgânicos e com uma composição química definida ou variável dentro de certos limites. Exemplo de mineral: halite (NaCl).

A natureza das partículas elementares, as ligações entre elas e a forma tridimensional da rede cristalina conferem a cada mineral determinadas propriedades que permitem, em alguns casos através de meios de análise sofisticados, fazer a sua identificação.
Outras propriedades dos minerais são de fácil detecção e podem ser realizadas no decorrer de saídas de campo ou em testes laboratoriais simples. As propriedades dos minerais podem ser
físicas ou químicas.
Entre as propriedades físicas mais utilizadas na identificação de minerais, podem destacar-se:
-> as propriedades ópticas (cor, brilho e risca);
-> as propriedades mecânicas (dureza, clivagem e fracturas);
-> a densidade (absoluta e relativa).
Entre as
propriedades químicas, podem destacar-se:
-> teste do sabor salgado;
-> teste da efervescência.


Cor dos minerais

--> Idiocromáticos - cor própria não variável - verde da malaquite, amarela na pirite;
--> Alocromáticos - cor variável - o quartzo pode ser incolor, branco, amarelo e rosa.


Fig. 1 - Minerais com cor constante (idiocromáticos)


Fig. 2 - Mineral com cor variável, ou seja, não constante (alocromático).

Risca ou traço

--> Cor do mineral quando reduzido a pó por vezes diferente da cor do mineral;
--> Determina-se raspando o mineral numa placa de porcelana;
--> Os minerais alocromáticos possuem risca clara ou incolor.

Fig. 3 - Risca ou traço (hematite).

Brilho

--> Luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral;
--> Brilho metálico (semelhante ao dos metais - galenite, pirite);
--> Brilho não metálico (quartzo, feldspatos).


Fig. 4 - Brilho metálico, sub-metálico e não metálico.

Clivagem

--> O mineral fractura-se por planos paralelos entre si com superfícies brilhantes;
--> Os planos de clivagem resultam de ligações químicas entre as partículas mais fracas em determinadas direcções da rede cristalina. O mineral divide-se segundo essas direcções;

Fig. 5 - Superficies de clivagem.


Fractura

--> O mineral divide-se segundo superfícies irregulares, dando origem a fragmentos de superfícies irregulares e de diferentes tamanhos;
--> As partículas da rede cristalina estão submetidas a forças fortes em todas as direcções.

Dureza

--> Relativa - medida segundo uma escala crescente de dez termos - escala de Moshs. Determina-se riscando uma amostra num dos minerais da escala e vice-versa.
--> Um mineral que risque e seja riscado por em termo da escala, ou se não se riscarem entre si, possui a mesma dureza relativa;
--> Um dado mineral produz um sulco, risca em todos os termos da escala de menor dureza e é riscado por todos os que possuem dureza superior.


Fig. 6 - Escala de Mohs.

Densidade

--> Absoluta:
> Massa volúmica (g/cm3);
> Depende da massa das partículas e do arranjo das mesmas na rede tridimensional.
--> Relativa:
> Densidade relativa à densidade da água, que se considera igual a 1 (1g/cm3);
> A densidade relativa calcula-se usando uma balança de Jolly. Determina-se o peso da amostra do mineral fora da água (P) e o peso da mesma amostra mergulhada em água (P');
> P - P' = valor da impulsão, peso da água corresponde ao volume da amostra. A densidade relativa obtém-se dividindo o peso da amostra fora da água (P) pelo peso da água correspondente ao mesmo volume (P-P').



Propriedades químicas

--> Teste do sabor salgado para a determinação da presença de halite (NaCl);
--> Teste da efervescência pelo contacto com um ácido. Certos minerais, como a calcite, reagem com os ácidos libertando CO2, o que provoca a efervescência. Este fenómeno ocorre a frio em determinados minerais e a quente noutros.


Fig. 6 - Efervescência produzida por um ácido, neste caso, ácido clorídrico (HCl)


Fonte: http://estudante-de-biogeo-11.blogspot.com/2009/03/processos-e-materiais-geologicos.html

Sem comentários:

Enviar um comentário