sexta-feira, 19 de março de 2010

Aula de Campo Sobre Riscos Geológicos e Ocupação Antrópica

Este trabalho tem como objectivo descrever a aula de campo de Geologia da disciplina de Biologia e Geologia de 11ºano realizada no passado dia 11 de Março. Nesta aula fizemos um estudo dos riscos geológicos e ocupação antrópica de algumas zonas de Portugal Continental. Os locais visitados foram Arcos de Valdevez, Frades, Serra d’Arga, Esposende, Ofir e Apúlia.



Em Arcos de Valdevez, onde podemos observar uma bonita paisagem. O rio Vez é o rio que passa em Arcos de Valdevez, pertence à bacia hidrográfica do rio Lima e á região hidrográfica do Minho e Lima. A bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
Contudo o seu leito de cheia foi parcialmente ocupado. Leito de cheia é o espaço que é inundável em época de cheias. O seu caudal varia ao longo do ano, podendo apresentar períodos de estiagem e períodos de grandes caudais que podem originar cheias que provocam inundações. Com a ocupação antrópica do seu leito de cheia as consequências das possíveis inundações são muito mais graves, podendo ocorrer perdas matérias e nos piores casos, perdas de vidas humanas.


Em Frades verificou-se que, à algum tempo atrás, houve uma erosão da vertente mais propriamente um movimento de terras que teve consequências trágicas.



Esse acontecimento deu-se devido a um desgaste mais ou menos lento e gradual do solo e à sua saturação de água (não escoamento das águas ao longo da vertente) causado por elevadas precipitações, num longo período de tempo.
Por outro lado, a pouca vegetação arbórea e o tipo de rochas presentes neste local contribuíram também para este movimento de terras.
O forte declive da vertente veio confirmar que aquele local tinha um elevado risco geológico.
Desse incidente resultou um enorme buraco no solo, em que essas terras que se desprenderam foram parar junto as habitações mais próximas.
Dez anos depois ainda são visíveis as marcas do movimento de terras e ainda existem casas por recuperar.



A serra d’ Arga encontra se a 801m de altitude e aqui podemos encontrar grandes blocos de granito de formas arredondadas, dispostos isoladamente ou constituindo “Caos de Blocos”, um modelado típico das regiões graníticas.
Os blocos são penedos com varias dimensões, no geral são arredondados, assentes na superfície topográfica, e que por vezes encontra se em grande quantidade formando aglomerações designadas por caos de blocos. Estas formas apresentam uma grande dispersão geográfica, observando-se em todos os climas. Os caos de bloco são característica de rochas graníticas mas também podem ser formas por outro tipo de rochas. Os blocos como são característico dos granitos, originam preferencialmente em granitos de grão grosseiro, onde as fracturas apresentam-se em maior espaçamento, fracturados por diaclases ortogonais.
Estes caos de blocos formam-se como uma consequência da meteorização física e química do granito que são provocadas pela passagem da água das chuvas nas fendas - diaclases - dos granitos. Essas fendas existem em consequência da descompressão sofrida por estas rochas quando afloram à superfície.



Em Esposende podemos observar pelo menos um esporão. Um esporão é uma estrutura que tenta impedir que a erosão de praia seja notória, os esporões são apenas uma forma de defesa, apesar de estes poderem, também trazer algumas consequências para as praias a jusante. Contudo, os esporões são utilizados com alguma frequência.



Em Ofir, observamos as famosas Torres de Ofir. As duas Torres foram construídas por volta dos anos 70, tal construção foi permitida na altura devido à falta de leis que protegessem a orla costeira. Estas torres atraíam mais pessoas até aquela zona costeira de Portugal. Contudo, com o passar do tempo, o mar tem avançado sobre a praia e as torres estão em constante perigo de ruir, apesar das obras feitas para impedir que tal aconteça. Este risco, é também um efeito secundário dos esporões construídos a montante das torres, visto que fez com que a erosão nas praias de Ofir aumentasse.

Na praia d’ Apúlia observamos as dunas. Uma duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos, essencialmente. Dunas a descoberto como é o caso das que observamos na Apúlia estão sujeitas à movimentação e à mudança de tamanho. O vale entre as dunas é chamando de slack. Em resumo as dunas são montes de areia formadas pelo vento e pelo ma, não precisando de ser necessariamente grandes, pois muitas delas são bem pequenas. Nunca devemos destruir dunas, é um processo natural e deve ser preservado de maneira a estas perdurarem. As dunas para além de embelezarem as paisagens, também protegem as cidades do avanço do mar.

1 comentário:

  1. Amigas gostamos bastante do vosso blog e para um grupo 100 por cento feminino até conseguem comportar-se como homenzinhos...
    Bom gostamos realmente.
    Achamos que está realmente um bom trabalho e esta parte da visita de estudo está muito bem estruturada.
    Não se esqueçam de passar no nosso e dizer algo.
    cumprimentos do Jõao, do Rui, da Sìlvia e do Tiago.

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