Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: plantas e animais. Ao Reino Plantae pertenciam os seres capazes de sintetizar substâncias orgânicas a partir de substâncias inorgânicas - auotróficos e fixos. No Reino Animal eram incluidos os seres que se alimentavam de matéria orgânica proveniente de outros seres vivos - heterotróficos e de vida livre. Desde essa altura até à actualidade, a distribuição dos seres viuvos em grandes grupos tem vindo a sofrer alterações; em resultado do desenvolvimento dos conhecimentos, em especial de microscopia e de bioquímica, foram surgindo novos dados sobre seres vivos que não se enquadravam nesta divisão. O microscópio óptico veio desvendar um mundo de seres unicelulares microscópicos. Muitos destes seres pareciam desafiar a classificação em dois reinos, ao pessuírem características de ambos os reinos. As euglenas, por exemplo, eram móveis e possuíam cloroplastos, realizando fotossíntese. Os fungos pareciam tambem não se enquadrar nesta divisão. Numa tentativa de resolver este problema, surgiu, durante o século XIX, um sistema de três reinos que, para além dos dois reinos atrás mencionados, considerava um novo reino que englobava essencialmente os seres unicelulares e os seres coloniais - Reino Protista. No século XX, o surgimento do microscópio electrónico veio revelar a existência de seres que possuíam células procarióticas e seres que possuíam células eucarióticas. Estas observaçõesobrigaram a alterações dos critérios na definição dos reinos. Foi acrescentado um novo reino, o Reino Monera, que incluía os seres unicelulares de estrutura procariótica, mantendo os três reinos mencionados anteriormente. Este sistema de quatro reinos e o seu antecessor de três reinos tiveram relativamente pouca aceitação, predominando o sistema de dois reinos.
De entre os vários sistemas actualmente propostos, aquele que tem encontrado maior receptividade é o de Whittaker. Desenvolvido em 1969, foi posteriormente modificado, sendo apresentado com as respectivas alterações em 1979. A grande diferença entre estas duas versões refere-se à posição das Algas. Inicialmente distribuídas entre os reinos Protista e Plantae, consoante fossem, respectivamente, unicelulares ou pluricelulares, foram colocados no Reino Protista, atendendo à sua simplicidade estrutural, apesar da pluricelularidade de muitas delas. O facto do Reino Protista passar a incluir seres multicelulares de baixo grau de diferenciação celular leva muitos autores a sugerirem o nome de Protoctista para este reino. O sistema de classificação de Whittaker divide os seres vivos em cinco reinos, tendo sido usados os seguintes critérios para a sua definição: o nível de organização celular e estrutural; o modo de nutrição e as interacções nos ecossistemas.
Fonte: http://disciplinex.wordpress.com/2009/02/03/os-reinos-da-vida/
Terra, Universo de Vida 2º parte Geologia- Biologia e geologia- 11º ou 12º (ano2) Amparo Dias da Silva/Fernanda Gramaxo/ Maria Ermelinda Santos/ Almira Fernandes Mesquita/ Ludovina Baldaia/ José Mário Félix/ Porto editora execução gráfica 2006
Terra, Universo de Vida 2º parte Geologia- Biologia e geologia- 11º ou 12º (ano2) Amparo Dias da Silva/Fernanda Gramaxo/ Maria Ermelinda Santos/ Almira Fernandes Mesquita/ Ludovina Baldaia/ José Mário Félix/ Porto editora execução gráfica 2006
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