sábado, 24 de abril de 2010

Vulcão da Islândia afecta saúde pública, traz perigos geológicos e confunde reactores de aviões


Horas de espera nos aeroportos. O caos está instalado no Norte da Europa e já começa a afectar o resto do continente. Este é o cenário mais visível como consequência da erupção do vulcão do glaciar Eyjafjllajokull, no Sul da Islândia, ocorrida há dois dias. No entanto, a actividade afecta especialmente a saúde pública e traz perigos geológicos.



A cinza criada pela erupção do vulcão islandês é muito densa. Segundo Teresa Ferreira, investigadora do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) da Universidade dos Açores, ainda é muito cedo para saber as reais consequências. “Tudo aquilo que se possa dizer é muito especulativo, porque ainda pode mudar de características – depende da duração da erupção e da sua intensidade”.

Em termos globais, o impacto já ultrapassou os domínios da Islândia, visível na questão do tráfego aéreo. Teresa Ferreira explicou ao «Ciência Hoje» que “os aviões a jacto mantêm-se através da aspiração do ar que entra nas câmaras de combustão e como as cinzas são microscópicas e de composição silicatada – material cuja temperatura é da ordem dos mil graus ou superior e se vão fundir – os espaços que mantêm os motores ficam entupidos e fazem com que estes se apaguem”.

Ao contrário daquilo que acontece com outros fenómenos meteorológicos, os radares dos aviões não detectam a cinza e as partículas penetram a grande velocidade nos reactores. Os aeroportos Charles de Gaulle e Orly, em Paris, são os mais afectados pelo caos, devido aos cancelamentos. Entretanto, a nuvem também começou também a atingir os países Bálticos.


Queda de cinza no resto da Europa


Embora a actividade seja num local pouco povoado, as cinzas depositam-se em áreas de cultivo e levou à evacuação local. “A inalação de enxofre é muito prejudicial para a saúde pública”, aferiu ainda a investigadora. E acrescenta: “Poderá vir a ocorrer queda de cinza no resto da Europa e provocar perturbações climáticas, mas ainda é prematuro para saber”.

Ainda em termos locais, "o degelo do glaciar leva ao aumento dos caudais nos rios" e, consequentemente, a "danos nas pontes". Esta é “uma erupção subglaciar com características hidrovulcânicas e a maior explosividade resulta da erupção do magma com a água – o que leva à fusão do gelo do glaciar”, sublinhou igualmente a especialista da unidade científica.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt



Reflexão: Nas regiões vulcânicas activas, os gases dissolvidos no magma libertam-se para a atmosfera quer durante as erupções, quer em períodos de repouso. Como todos devem saber após uma erupção, um vulcão pode manifestar-se durante muito tempo por meio de emanações gasosas ou líquidas (manifestações secundárias).Como exemplo dessas manifestações podemos citar: as fontes termais, os géiseres e as fumarolas.
Esta erupção, na Islândia, foi de tal maneira intensa que não só afectou as zonas vizinhas como toda a Europa, através da nuvem de cinzas que esta libertou. As cinzas libertadas foram-se espalhando desde os países mais próximos aos países mais distantes obrigando os aeroportos a cancelar voos. Isto instalou um caos nos aeroportos pois as pessoas não tinham onde dormir.
Os gases e cinzas libertados nesta erupção espalhados na atmosfera estão a pôr em causa, principalmente, a saúde das populações vizinhas. A mais recente noticia publicada a 23 de Maio em noticias.sapo.pt refere que o vulcão já não está em erupção (dito por um especialista em geofísica) que afirmou, no entanto, que ainda era muito cedo para determinar se a actividade vulcânica acalmou-se definitivamente.
Espero que não haja reabastecimento de magma na câmara magmática deste vulcão e que este se extinga.

Joana Sampaio


1 comentário:

  1. muito bem desenvolvido este tópico caras colegas
    é um prazer andar-mos aqui a passear(estudar)
    continuem assim...

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