segunda-feira, 26 de abril de 2010

Rochas magmáticas

As rochas magmáticas podem classificar-se em plutónicas e vulcânicas, atendendo à profundidade a que consolidam os magmas que lhe dão origem.
As rochas plutónicas, como o granito, o gabro ou o diorito, resultam da consolidação lenta do magma em profundidade, enquanto as rochas vulcânicas, como o basalto, o riólito ou o andesito, resultam da consolidação do material magmático à superfície ou muito próximo dela. A natureza dos magmas e as diferentes condições de consolidação das rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a cor, a textura e a composição química e mineralógica.

Quanto a textura podem-se considerar três tipo de textura nas rochas magmáticas:

A cor da rocha está relaccionada com a abundância relativa dos diferentes minerais que a constituem. Uma vez que os diferentes minerais se desenvolvem em diferentes condições, o estudo desta característica revela-se da maior importância, porque permite a associação da rocha a um ambiente de formação específico.
Minerais como o quartzo ou os feldspatos potássicos, onde predominam a sílica e o alumínio, apresentam uma coloração clara, enquanto minerais como o biotite ou a olivina, com elevado teor de ferro e magnésio, apresentão um coloração escura. A maior ou menor abundância destes minerais nas rochas determina a sua cor mais ou menos clara, que podem assim classificar-se como:De acordo com a composição química e mineralógica, as rochas podem então ser classificadas da seguinte forma:



Diferenciação magmática

À medida que os magmas vão arrefecendo no interior das câmaras magmáticas, veridica-se a cristalização de minerais com estrutura e composição química bem definidas. Uma vez que os materiais cristalizados deixam de fazer parte do magma, formam-se fracções magmáticas com composição diferente do magma inicial. Este processo, designado por diferenciação magmática, permite que a partir de um só magma inicial se formem rochas muito diferentes.
De entre os factores que contribuem para a diferenciação magmática, é de destacar a importância da cristalização fraccionada como mecanismo que permite a formação sequencial dos diferentes minerais, e esses minerais têm uma temperatura de solidificação e cristalização própria, os minerais diferentes começam a cristalizar a temperaturas diferentes. Estes minerais tornam-se mais densos e separam-se do magma residual, ou seja, que não cristalizou, devido ao efeito gravítico, isto designa-se diferenciação gravítica.
Bowen verificou que existiam dois tipos de sequências de formação:
* Série descontínua - corresponde a minerais ferromagnesianos (ricos em Fe e Mg) cuja estrutura cristalina difere ao longo da sequência de cristalização. Nesta série, a olivina é o primeiro mineral a cristalizar, ao qual se segue a piroxena, a anfíbolae, por fim, a biotite.
* Série contínua - corresponde a minerais do grupo das plagióclases que mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização. Nesta série, o balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes das plagióclases, vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se, em primeiro lugar, uma plagióclase cálcica e, por último, uma plagióclase sódica.

No final formam-se feldspatos potássicos, a moscovite e o quartzo, que não pertencem a nenhuma das séries anteriores.

Fonte: http://e-porteflio.blogspot.com/


Reflexão: No modelo sequencial que Bowen propôs reunem-se vários aspectos importantes, tas como: podemos verificar que os minerais com ponto de fusão mais elevado são os primeiros a formarem-se; também verificamos, por exemplo, que o basalto é constituido por olivinas, piroxenas, anfíbolas e plagióclases cálcicas.
Neste processo de cristalização fraccionada, uma parte dos minerais formados a altas temperaturas reage com o magma remanescente, transformando-se noutros minerais. Por exemplo, os minerais de olivina que não se diferenciam do magma residual reagem com ele formando cristais de piroxena. Esta, uma vez formada, pode reagir também com o magma residual, originando a anfíbola, e assim sucessivamente. Este fenómeno acontece também na série contínua.


Joana Sampaio



sábado, 24 de abril de 2010

Vulcão da Islândia afecta saúde pública, traz perigos geológicos e confunde reactores de aviões


Horas de espera nos aeroportos. O caos está instalado no Norte da Europa e já começa a afectar o resto do continente. Este é o cenário mais visível como consequência da erupção do vulcão do glaciar Eyjafjllajokull, no Sul da Islândia, ocorrida há dois dias. No entanto, a actividade afecta especialmente a saúde pública e traz perigos geológicos.



A cinza criada pela erupção do vulcão islandês é muito densa. Segundo Teresa Ferreira, investigadora do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) da Universidade dos Açores, ainda é muito cedo para saber as reais consequências. “Tudo aquilo que se possa dizer é muito especulativo, porque ainda pode mudar de características – depende da duração da erupção e da sua intensidade”.

Em termos globais, o impacto já ultrapassou os domínios da Islândia, visível na questão do tráfego aéreo. Teresa Ferreira explicou ao «Ciência Hoje» que “os aviões a jacto mantêm-se através da aspiração do ar que entra nas câmaras de combustão e como as cinzas são microscópicas e de composição silicatada – material cuja temperatura é da ordem dos mil graus ou superior e se vão fundir – os espaços que mantêm os motores ficam entupidos e fazem com que estes se apaguem”.

Ao contrário daquilo que acontece com outros fenómenos meteorológicos, os radares dos aviões não detectam a cinza e as partículas penetram a grande velocidade nos reactores. Os aeroportos Charles de Gaulle e Orly, em Paris, são os mais afectados pelo caos, devido aos cancelamentos. Entretanto, a nuvem também começou também a atingir os países Bálticos.


Queda de cinza no resto da Europa


Embora a actividade seja num local pouco povoado, as cinzas depositam-se em áreas de cultivo e levou à evacuação local. “A inalação de enxofre é muito prejudicial para a saúde pública”, aferiu ainda a investigadora. E acrescenta: “Poderá vir a ocorrer queda de cinza no resto da Europa e provocar perturbações climáticas, mas ainda é prematuro para saber”.

Ainda em termos locais, "o degelo do glaciar leva ao aumento dos caudais nos rios" e, consequentemente, a "danos nas pontes". Esta é “uma erupção subglaciar com características hidrovulcânicas e a maior explosividade resulta da erupção do magma com a água – o que leva à fusão do gelo do glaciar”, sublinhou igualmente a especialista da unidade científica.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt



Reflexão: Nas regiões vulcânicas activas, os gases dissolvidos no magma libertam-se para a atmosfera quer durante as erupções, quer em períodos de repouso. Como todos devem saber após uma erupção, um vulcão pode manifestar-se durante muito tempo por meio de emanações gasosas ou líquidas (manifestações secundárias).Como exemplo dessas manifestações podemos citar: as fontes termais, os géiseres e as fumarolas.
Esta erupção, na Islândia, foi de tal maneira intensa que não só afectou as zonas vizinhas como toda a Europa, através da nuvem de cinzas que esta libertou. As cinzas libertadas foram-se espalhando desde os países mais próximos aos países mais distantes obrigando os aeroportos a cancelar voos. Isto instalou um caos nos aeroportos pois as pessoas não tinham onde dormir.
Os gases e cinzas libertados nesta erupção espalhados na atmosfera estão a pôr em causa, principalmente, a saúde das populações vizinhas. A mais recente noticia publicada a 23 de Maio em noticias.sapo.pt refere que o vulcão já não está em erupção (dito por um especialista em geofísica) que afirmou, no entanto, que ainda era muito cedo para determinar se a actividade vulcânica acalmou-se definitivamente.
Espero que não haja reabastecimento de magma na câmara magmática deste vulcão e que este se extinga.

Joana Sampaio


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Magmatismo

As rochas magmáticas ou ígneas são as que resultam da solidificação ou cristalização de material em fusão.
Apesar da grande diversidade de rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser enquadrados em três tipos, definidos em função do seu teor em sílica:
- magmas com elevado teor em sílica (superior a 65%), muito viscosos e que cristalizam, praticamente na sua totalidade, no interior da crusta terrestre, originando rochas como o granito; caso esse arrefeciemento ocorra à superfície, originam-se rochas como o riolito;
- magmas com composição intermédia (teor em sílica variável entre 50% e 65%). Quando o seu arrefecimento se verifica à superfície, originam rochas como o andesito, em profundidade, o seu arrefecimento dá origem a rochas como o diorito;
- magmas com baixo teor em sílica (inferior a 50%), fluidos, oriundos do manto superior e que atravessam a crusta com muita facilidade; por esta razão, 95% das rochas originadas a partir de erupções vulcânicas correspondem ao basalto; no caso destes magmas arrefecerem em profundidade, originam o gabro.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Escala do tempo geológico

Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta.
O tempo geológico está dividido em intervalos que possuem um significado em termos de evolução da Terra. A escala do tempo geológico, cujo esqueleto rudimentar foi estabelecido ainda no século XIX , está dividida em graus hierárquicos cada vez menores da seguinte forma:
* Éons (Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico);

* Eras (apenas no Éon Fanerozóico: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica);

* Períodos (para cada uma das eras do Fanerozóico);

* Épocas (subdivisões existentes apenas para os períodos do Cenozóico).


Fonte: http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Tempo%20Geologico.htm


Reflexão:
A elaboração de um calendário da história da Terra foi possível a partir da datação relativa de estratos de sequências estratigráficas de diferentes locais do planeta. Através deste calendario podemos veridicar que os momentos de transição entre as eras marcam intervalos de tempo muito curtos caracterizados pela extinção massiva de espécies, seguidos de longos períodos de expansão e evolução gradual no número de espécies. Também podemos veriicar que os registos geológicos mais recentes são mais completos e apresentam maior número de fósseis que os registos geológicos mais antigos.

Bárbara Alves

Paleoambientes

As caracteristicas das rochas, tais como a textura, a natureza dos minerais, o processo de transporte, sedimentação e diagénese, permitem definir o ambiente de formação da rocha e constituem a fácies. Os diferentes tipos de fácies correspondem a diferentes ambientes de sedimentação, que podem ser continentais, de transição ou marinhos. Na caracterização dos diferentes paleoambientes assumem particular relevo os fósseis de fácies ou de ambiente. Estes fósseis permitem, pela aplicação do principio das causas actuais, correlacionar os ambientes actuais com os ambientes antigos. Os fósseis fácies caracterizam-se por pertencerem a seres que ocupam ambientes específicos e que não sofreram evolução ou, então, apenas pequenas modificações ao longo das épocas geológicas.


Fonte: http://www.netxplica.pt/